Vês, estou preso, preso, preso
No meio do deserto
Do qual os meus sonhos são feitos
Crianças astronautas inflam o meu coração
Para vê-lo voar no meio das maravilhas

Vês, estou preso, preso, preso
No coração de Buenos Aires, a cidade com olhos maquilhados
No fundo deste estuário, onde os petroleiros vêm
Dar ao rio, um longo beijo salgado

Louco, louco, louco
É o nome que eles me dão
E que significa louco
E neste mundo
Onde todos os homens se acham de pé
Sou o único a me gabar
De me arrastar aos teus joelhos

Louco, louco, louco
É o nome que eles me dão
E que significa louco
E neste mundo
Onde todos os homens se acham de pé
Sou o único a me gabar
De me arrastar aos teus joelhos

Vês, estou preso, preso, preso
Num céu de alcaçuz, atirei doces
E é a cruz do sul que acabei de semear
E que do fundo do céu estrela o teu sono

Vês, estou preso, preso, preso
O sopro do bandoneón, engole os meus pulsos
As pestanas das luzes vermelhas piscam sem parar
Para me fazer cantar, calar ou voar

Louco, louco, louco
É o nome que eles me dão
E que significa louco
E neste mundo
Onde todos os homens se acham de pé
Sou o único a me gabar
De me arrastar aos teus joelhos

Louco, louco, louco
É o nome que eles me dão
E que significa louco
E neste mundo
Onde todos os homens se acham de pé
Sou o único a me gabar
De me arrastar aos teus joelhos

Vês, estou preso, preso, preso

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